Se eu tivesse teu silêncio…
… eu não teria palavras!
Se eu tivesse tuas palavras…
… eu não teria o que silenciar!
Se…
… você
… eu
Se…
… nós
Se…
… se
…
Se eu tivesse tudo…
… eu ainda não teria nada!
Se eu tivesse nada…
… eu ainda teria tudo!
Nasci numa cidade interiorana do Rio Grande do Sul, onde vivi os primeiros anos da minha vida até terminar o ensino médio. Então, ainda menor de idade, saí de casa e vim parar na cidade de São Paulo, onde estou até hoje. Na área das Artes e Design me formei Bacharel em Têxtil e Moda pela Universidade de São Paulo | USP e Atriz pelo Teatro Escola Macunaíma, entre outras pequenas formações aqui e ali. Atuei na cena cultural através de projetos de light design e traje de cena por mais de uma década, quando inesperadamente me encontrei no caminho com o mundo canino. Estudei Comportamento Animal e o uso de metodologias educativas com enfoque Positivo e de Bem-estar Interespécies com Dante Camacho, Tudo de Cão, Universidade de Edimburgo, entre outros. Fundei a Pompom's House. Um espaço de hospedagem, convivência e socialização canina, onde, no momento, exploro minha experiência em Educação e Comunicação Canina, Manejo de Grupo e Diretrizes para Sociabilização. Você pode me conhecer de um desses períodos da minha vida. Ou, ter acabado de saber da minha existência nesse mundão. Não importa. Fico feliz que estejas aqui, e espero que algo do que eu compartilho seja troca e partilha contigo.
As luzes cintilam ali, brilhantes jóias raras na vitrine de lustres reais.
Do lado de cá, na minha doce ilusão, teu brilho é mais caro e mais puro.
Teus cabelos tocando minha face na noite de um baile real.
As luzes.
Na ausência, eu e você.
Tua beleza que me sufoca.
Cega.
Seca.
Seduz em despropósito.
Descontínuo.
Assim me entorpece.
Fico no que não me pede e em todos aqueles lustres que não são.
Anestesiada no êxtase de uma maciez teimosa.
Daquilo que insisto em fantasiar, daquilo que insiste em pouco ser.
As luzes.
Na ausência, eu e o sal.
Nebuloso fim de tarde.
Cega.
Seca.
Reduz em despropósito.
Descontínuo.
Vejo os lustres como feixes de um sonho sem metáforas.
— O que faz nas horas de folga, Montag?
— Muita coisa… corto a grama…
— E se fosse proibido?
— Ficaria olhando crescer, senhor.
— Você tem futuro.
de A Onda