Alexandra Deitos
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Autor

Alexandra Deitos

Alexandra Deitos

Nasci numa cidade interiorana do Rio Grande do Sul, onde vivi os primeiros anos da minha vida até terminar o ensino médio. Então, ainda menor de idade, saí de casa e vim parar na cidade de São Paulo, onde estou até hoje. Na área das Artes e Design me formei Bacharel em Têxtil e Moda pela Universidade de São Paulo | USP e Atriz pelo Teatro Escola Macunaíma, entre outras pequenas formações aqui e ali. Atuei na cena cultural através de projetos de light design e traje de cena por mais de uma década, quando inesperadamente me encontrei no caminho com o mundo canino. Estudei Comportamento Animal e o uso de metodologias educativas com enfoque Positivo e de Bem-estar Interespécies com Dante Camacho, Tudo de Cão, Universidade de Edimburgo, entre outros. Fundei a Pompom's House. Um espaço de hospedagem, convivência e socialização canina, onde, no momento, exploro minha experiência em Educação e Comunicação Canina, Manejo de Grupo e Diretrizes para Sociabilização. Você pode me conhecer de um desses períodos da minha vida. Ou, ter acabado de saber da minha existência nesse mundão. Não importa. Fico feliz que estejas aqui, e espero que algo do que eu compartilho seja troca e partilha contigo.

Rítmicos desenhos

SE

por Alexandra Deitos novembro 4, 2010

Se eu tivesse teu silêncio…
… eu não teria palavras!
Se eu tivesse tuas palavras…
… eu não teria o que silenciar!

Se…
… você
… eu
Se…
… nós
Se…
… se
…

Se eu tivesse tudo…
… eu ainda não teria nada!
Se eu tivesse nada…
… eu ainda teria tudo!

novembro 4, 2010 5 comentários 90 Visualizações
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Contos-quase

A vida de alguém

por Alexandra Deitos outubro 27, 2010
Essa é a história daquele que nasceu sem sentido algum, que chegou ao mundo rompendo uma placenta e um cordão umbilical sem nada saber, que não tinha metas, não tinha idéias, nada sabia e continuaria sem saber por muito e muito tempo – a vida inteira certamente. Nasceu chorando por simples condição, bem como os posteriores sorrisos. E não me resta dúvida de que isso é apenas mais uma história comum.
Dizem por aí que era proprietário de cinco sentidos: tato, olfato, paladar, visão e audição – na falta de ter um sentido único e grandioso, mas de fato eram apenas boatos. Nascera nu, de corpo, de alma e de sentidos.
Já nos primeiros momentos de vida começou sua busca. Vislumbres de cores, formas e imagens psicodélicas inflamavam-lhe algumas certezas e outras tantas dúvidas. Existia algo para ser visto e incorporado e passou muito tempo aprimorando os degraus entre ver e enxergar. Ele sentia tudo que via, mas não via tudo que sentia e, assim sendo, as coisas tornavam-se vazias.
Na tentativa de absorver o sentir passou a precisar do contato, do encontro. Tocava com volúpia e necessidade tudo que via, tocava para sentir o sentido, para incorporar, absorver, porém jamais conseguia sentir para tocar. Assim passaram delongados dias, meses e meses, anos, e tudo lhe parecia certamente mais vazio do que antes.
Agora ele se inebriava em fragrâncias. É bem possível que tudo tenha começado com um perfume adocicado em uma primavera qualquer, dali em diante os cheiros passaram a ser todo o sentido que ele queria. Teve certeza, por um instante, que finalmente sentia primeiro para só depois incorporar o sentido em forma de essência. Mas a ilusão mostrou-se competente, logo foi se esvanecendo e ele esvaziando-se novamente. Precisava do cheiro para sentir e não podia mais se enganar.
Deu-se por vencido. Não buscou mais sentir por si. Via, tocava e cheirava por simples condição, é certo que em alguns momentos tinha descontroles onde a condição se perdia e então ele dominava tudo isso de forma oscilada e vaga em extremos êxtases indefinidos de certezas e grandiosidades, mas eram apenas momentos.
Um dia passou a ouvir, assim mesmo, da noite para o dia, sem mais nem menos, sem buscar e sem querer, e ouvindo aqui e ali, muito embora não soubesse ouvir por conta própria, retomou o ânimo de sua busca. Achou que por fim, talvez de fato mesmo, aquele boato de que todos nascem com cinco sentidos fosse verdade, e que até aquele do sentido único e grandioso pudesse ser real.
Começou a escutar esperando impacientemente o momento de degustar a vida. Esperava pelo paladar, aquele que seria a grande salvação, onde comeria e mastigaria tudo, absolutamente tudo, de forma a fazerem definitivas partes de si em si. Depois do paladar, quem sabe talvez, sim, encontraria por fim, o grande sentido.
Esperou por muitos e muitos anos. Esperou e cansou. Nessa espera ele encontrou muitos sentidos. Notou que existiam mais sentidos do que a quantidade limitada de cinco e talvez levasse a vida inteira para nunca saber o quanto ainda tinha para sentir. Entregou-se, nu, de volta ao berço.
Na ausência de sentido tudo fazia sentido e quando encontrava um sentido tudo era ausência. Resignou-se em viver sem condição, sem obrigação de existência. Sentir a falta do sentido era tudo que podia aquele que nascera em ausência.
outubro 27, 2010 1 comentário 65 Visualizações
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De açúcar e de álcool

Tão doce amargo

por Alexandra Deitos outubro 18, 2010

As luzes cintilam ali, brilhantes jóias raras na vitrine de lustres reais.
Do lado de cá, na minha doce ilusão, teu brilho é mais caro e mais puro.
Teus cabelos tocando minha face na noite de um baile real.
As luzes.
Na ausência, eu e você.
Tua beleza que me sufoca.
Cega.
Seca.
Seduz em despropósito.
Descontínuo.
Assim me entorpece.
Fico no que não me pede e em todos aqueles lustres que não são.
Anestesiada no êxtase de uma maciez teimosa.
Daquilo que insisto em fantasiar, daquilo que insiste em pouco ser.
As luzes.
Na ausência, eu e o sal.
Nebuloso fim de tarde.
Cega.
Seca.
Reduz em despropósito.
Descontínuo.
Vejo os lustres como feixes de um sonho sem metáforas.

outubro 18, 2010 3 comentários 76 Visualizações
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Anomalias

Origens

por Alexandra Deitos outubro 13, 2010
Uma pedra no sapato, ou no meio do caminho, e eis que nasce um poema. Uma morte ali na esquina pacata, ou um abandono que reforça a esquina agitada, e eis que nasce uma reportagem. Um vazio existencial, uma dor aguda, uma alegria transbordante, alguma coisa que lateja, que grita, que ecoa, que festeja, e eis que nascem palavras numa folha de papel. É o que dizem. É o que nos empurram goela abaixo e vomitamos num refluxo ingênuo, mas quem pode atestar de fato o que nos impele a escrever? Ninguém.
outubro 13, 2010 4 comentários 78 Visualizações
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Anomalias

Daquilo que me deixou perplexa

por Alexandra Deitos outubro 11, 2010
Nunca vi um fruto apodrecer de fora para dentro. Nunca soube de um corpo que se degenerou de fora para dentro. Não há flor que floresça e vire botão. Não é possível uma criança nascer para depois ir ao ventre.
Atribuir responsabilidades ao externo pode ser um grande equívoco, e nem total ao interno pode ser justo. A correlação é de influências e permissões, do que vem de dentro e ganha espaço lá fora, do que começa aqui e ali ganha notoriedade. A onda só avança e ganha proporções porque começou no além-mar em contato com algum vento, e só parou na beira da praia porque a beira-mar não permitiu seu alastramento.
Uma onda não partiria da orla em direção ao mar… É pobre demais justificar qualquer acontecimento próprio, positivo ou negativo, com um algo vindo de fora. Existem laços, mas todo laço começa por um nó.
outubro 11, 2010 5 comentários 92 Visualizações
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Contos-quase

Daquilo que não é

por Alexandra Deitos outubro 6, 2010
A lente esquerda do óculos dele estava levemente trincada. As letras do papel perdiam o sentido e transformavam-se rapidamente em curvas de um corpo colorido na baixa luz. A cabeça começou a doer e ele tirou o óculos, mas em meio aos borrões o corpo apareceu ainda mais definido e próximo. Em inútil tentativa ele fechou os olhos. Aquele corpo estava dentro dele como jamais nem ele havia conseguido estar dentro de si próprio. Começou a desejar não desejar, e com toda a inutilidade da utilidade continuou padecendo.
outubro 6, 2010 2 comentários 68 Visualizações
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Híbridos

ATENÇÃO

por Alexandra Deitos setembro 29, 2010

Tudo que todo mundo quer: atenção!
Tudo que todo mundo não sabe: dar atenção!

setembro 29, 2010 3 comentários 81 Visualizações
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Híbridos

na lista dos desejos

por Alexandra Deitos setembro 27, 2010

…e partiu, não com o peso da morte ou a leveza de um sonho, mas com a precisão de um relógio inglês.
…e diziam os ditados que quem parte é logo esquecido, ela pensou que o inverso também poderia ser possível.

setembro 27, 2010 1 comentário 55 Visualizações
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Interferências

Onda 451

por Alexandra Deitos setembro 23, 2010
Os filmes A Onda, de Denis Gansel, e Fahrenheit 451, de François Truffaut, fundiram-se em mim de tal maneira que eu não tenho condições de expor palavras minhas sobre (e nem faz sentido algum). Assista!! é só…

— O que faz nas horas de folga, Montag?
— Muita coisa… corto a grama…
— E se fosse proibido?
— Ficaria olhando crescer, senhor.
— Você tem futuro.

de Fahrenheit 451


— Vocês trocaram sua liberdade pelo luxo de se sentirem superiores. Todos vocês teriam sido bons nazi-fascistas. Certamente iriam vestir uma farda, virar a cabeça e permitir que seus amigos e vizinhos fossem perseguidos e destruídos. O fascismo não é uma coisa que outras pessoas fizeram. Ele está aqui mesmo em todos nós.

de A Onda

“Quando se começa a fazer algo como experiência, ela deixa de ser gratuita. Contrariamente ao que imagina, a futilidade é uma coisa muito séria. A ignorância não consiste em não se saber, mas em não desejar saber.”
setembro 23, 2010 1 comentário 62 Visualizações
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De açúcar e de álcool

TOCÁ-LA

por Alexandra Deitos setembro 20, 2010
quando toca a música
tocá-la
vontade quase irresistível
tocá-la
deveria ser proibido o senso de dignidade… e então eu imploraria sua pele, seus braços, abraços, seus lábios, seu riso, seus rios… mendigando eu sofreria humilhada a dor mais leve, porque triste mesmo e dor pesada é engolir a vontade em seco, comer sua presença com gula insaciável… estar ao seu lado com você ausente de mim é a pior tortura.
rostos implacáveis e só
tocá-la
no pó do que se perde
tocá-la
setembro 20, 2010 1 comentário 59 Visualizações
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Oi, sou Alexandra!

Você pode me conhecer como Xanda ou Alê. Dizem que somos a mesma pessoa, mas claramente somos duas, ou muitas mais. E aqui estou, ou estamos, e pretendo estar, cada vez mais inteira.

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