Alexandra Deitos
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Autor

Alexandra Deitos

Alexandra Deitos

Nasci numa cidade interiorana do Rio Grande do Sul, onde vivi os primeiros anos da minha vida até terminar o ensino médio. Então, ainda menor de idade, saí de casa e vim parar na cidade de São Paulo, onde estou até hoje. Na área das Artes e Design me formei Bacharel em Têxtil e Moda pela Universidade de São Paulo | USP e Atriz pelo Teatro Escola Macunaíma, entre outras pequenas formações aqui e ali. Atuei na cena cultural através de projetos de light design e traje de cena por mais de uma década, quando inesperadamente me encontrei no caminho com o mundo canino. Estudei Comportamento Animal e o uso de metodologias educativas com enfoque Positivo e de Bem-estar Interespécies com Dante Camacho, Tudo de Cão, Universidade de Edimburgo, entre outros. Fundei a Pompom's House. Um espaço de hospedagem, convivência e socialização canina, onde, no momento, exploro minha experiência em Educação e Comunicação Canina, Manejo de Grupo e Diretrizes para Sociabilização. Você pode me conhecer de um desses períodos da minha vida. Ou, ter acabado de saber da minha existência nesse mundão. Não importa. Fico feliz que estejas aqui, e espero que algo do que eu compartilho seja troca e partilha contigo.

Crônicas-quase

Sobre ser. Ou sobre a condutora. Ou sobre alguma coisa que pensei no ônibus.

por Alexandra Deitos abril 14, 2010
Não é novidade alguma mulheres ocupando cargos antes restritos aos homens. E começando assim, embora sem novidade, eu poderia fazer um abrangente sobre universo femininoXmasculino e todo esse blá blá blá que não teria fim tão cedo, mas isso cansa de certa forma. É como se tivéssemos que defender a todo instante a diferença que tanto queremos eliminar, esbarrando naquela historinha das “cotas” e para ser mais  precisa, no filme “Até o limite da honra”. Eu só gostaria, simples e rapidamente, de expressar o meu sorriso desta manhã ao pegar um ônibus com uma condutora mulher, sem incorrer nas muitas camadas do que isso pode significar.
Condutoras de transportes públicos são comuns e eu utilizar ônibus dirigidos por elas também, porém o que sempre percebo, com tristeza, é essas mulheres tentando uma igualdade desfigurada. Elas tornam-se figuras endurecidas, grosseiras, lutando por se tornarem semelhantes aos homens por meios que envolvem muita mais a questão humana do que a questão homem/mulher, e no entanto elas só deveriam se preocupar em fazer bem o seu trabalho.
Então, essa manhã eu tomei um ônibus. A principio não vi quem conduzia, pois eu estava no último degrau da porta de uma condução super-lotada. Uma passageira me perguntou se poderia fechar a porta e seguimos. Não vou transcrever aqui detalhes de percurso e comparações com outras conduções que pego durante a semana, nem detalhes fundamentais de preocupação e atenção com os passageiros, coisas que nada tem a ver com o sexo da pessoa que conduz. O que quero deixar dito é que quando visualizei a motorista em questão tive um momento de espanto. Ela era diferente de todas as outras condutoras que já vi. Dava para  perceber que era uma mulher contente com sua posição de mulher, que não estava interessada em se igualar ao sexo oposto só por estar numa profissão antes não feminina.
Ela dirigia bem, e se para fazer seu trabalho bem tivesse que se impor de uma forma mais firme, de uma maneira mais ousada, ela fazia, mas em momento algum desfigurando a mulher que é. Isso, para mim, é tudo que importa nessa alucinada sociedade: não desfigurar quem se é.
abril 14, 2010 4 comentários 72 Visualizações
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Lirismos

Do nada, ou, do tudo

por Alexandra Deitos abril 12, 2010
Como uma criança eu observo a vida. Tudo parece tão colorido, tão novo, tão belo, tão puro… que chega a causar medo, espanto. Entra na pele todo o sentir, todo o ritmo da beleza mais suprema e a vida passa a parecer uma cartilha colorida, uma fantasia brilhante de carnaval, um mundo encantado de contos de fadas. Lá no fundo reside um lodaçal quase alertando que tudo é de vidro e como na cantiga é vidro é pode se quebrar, é pouco e pode se acabar, mas eu assumo a personagem criança. Eu visto a ingenuidade renovada com os ventos do outono e sigo sorrindo para o manequim, correndo pelas poças da chuva, amando essa nova criança.
abril 12, 2010 0 comentário 53 Visualizações
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Interferências

TEMPOS VISUAIS

por Alexandra Deitos abril 8, 2010

“O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa
era a imagem de um vidro mole que fazia uma
volta atrás de casa.
Passou um homem depois e disse: Essa volta
que o rio faz por trás de sua casa se chama
enseada.
Não era mais a imagem de uma cobra de vidro
que fazia uma volta atrás de casa.
Era uma enseada.
Acho que o nome empobreceu a imagem.”

Manoel de Barros

São tempos visuais para mim, mas além das imagens também muitas outras coisas sempre foram assim para mim… desde títulos para textos até os extremos da nomeação dos sentimentos.
Não há muito o que ser dito, os versos falam por si… nem mesmo estas poucas linhas são úteis, nada é útil… tudo é um nada e sentir deveria ser a única coisa realmente importante, mas somos todos crianças mimadas diante da prateleira de um supermercado.
Imagem de LiliRoze
abril 8, 2010 0 comentário 59 Visualizações
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Interferências

Đỗ Ai

por Alexandra Deitos abril 7, 2010

Poderá alguém um dia saber
Quantos talos tem um arrozal?
Quantas curvas tem um rio?
Quantas camadas tem uma nuvem?
Alguém poderá varrer as folhas de uma floresta?
E dizer ao vento para não sacudir mais as árvores?
Quantas folhas deve um bicho-de-seda comer
Para fazer um vestido com as cores do passado?
Quanta chuva deve cair do céu
Antes do oceano transbordar de lágrimas?
Quantos anos a lua tem de ter antes que envelheça?
No meio da noite, a lua vem e fica a espreitar
Ela que pode roubar o meu coração
Sempre cantarei canções alegres

Canção folclórica,
No filme Três Estações, de Tony Bui

abril 7, 2010 0 comentário 52 Visualizações
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Rítmicos desenhos

Import(a)] [âns(c)ia

por Alexandra Deitos abril 5, 2010

Quem se importa com a chuva?

Eu danço na tempestade,
Simples prazer de viver o que se tem.

Quem se importa com a pele áspera?

No contato com a minha aspereza,
Tudo é quase amor.

Quem se importa com a ausência?

No vazio a liberdade pesa menos,
Como balões de ar quente.

Quem se importa com as combinações de cores?

Aos meus olhos nada perde a beleza,
Cores são amores despertos.

Quem se importa com o formato da flor?

Há sempre um pouco de poesia,
No que tiver menção de flor.

Quem se importa com a importância?

Fazendo algum sentido,
Toda importância não importa.
abril 5, 2010 1 comentário 59 Visualizações
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De açúcar e de álcool

Oco preenchimento

por Alexandra Deitos março 29, 2010
Ombro com ombro. Rosto com rosto.
“Bom dia” “Bom dia”
Simples e sucinto assim, essa era a razão coordenando. Porém o perfume ficou no meu ombro, como um sentimento transformado em algo quase palpável. Já não bastavam as noites de sonhos, agora passei um dia inteiro com sua presença marcante me requisitando a todo instante.
Pensei em lavar o ombro, passar alguma outra fragrância, fumar um cigarro, cumprimentar outras pessoas, mas a razão é tão boba e ingênua nessas horas.
Eu quis correr e gritar para o mundo que um algo de você estava em mim. Eu quis te ter ali na minha pele e no meu olfato eternamente, mas a emoção também e muito boba e ingênua.
Durou muito tempo a sua fragrância em mim, quase impossível de se acreditar, enlouquecedora, tal qual canto de sereia. A tarde se esvaia nas minhas maiores desintegrações de realidade, e o perfume por fim se foi quando você sumiu sem o corriqueiro…
Ombro com ombro. Rosto com rosto.
“Tchau” “Tchau”
março 29, 2010 3 comentários 80 Visualizações
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Lirismos

AS MOÇAS

por Alexandra Deitos março 26, 2010
As pontas dos dedos da moça desconhecida ao meu lado lembraram furtivamente as de outra moça por mim conhecida. Por imediata diferença essa do momento tinha nas unhas uma cor bonita de vermelho, enquanto a da lembrança reclamava sempre não usar cores do tipo por ficar muito brega para ela.
A nostalgia naquele instante foi maravilhosa, embora gritasse de tão desconexa e pequena. Ficou a sensação de que tudo poderia ser bem mais do que aqueles fragmentos de lembrança que por vezes a vida me traz com sinceros sorrisos e alegrias. A moça presente em meu momento, como um raio de sol na noite adentro, talvez seja um desses amores que nunca paramos para perceber.
E talvez seja mais bonito assim.
março 26, 2010 2 comentários 66 Visualizações
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Crônicas-quase

O transbordamento do vazio

por Alexandra Deitos março 22, 2010
Todo mundo é moderno. Todo mundo é tudo, sabe tudo, é melhor que o outro. Sabe… como os automóveis, os telefones celulares, a televisão. Tudo é mais moderno a cada dia que passa, a cada hora, a cada minuto, mas no fundo não deixa de ser o que é. Um automóvel te transporta de um lugar para o outro, um telefone te comunica com as pessoas, uma televisão te traz som e imagem de outros lugares, assim por diante. 
Todo mundo é moderno e, no então, não deixa de ser o que é… E o que você é? O que somos? Alguém arrisca escolher uma denominação? Humanos? Seres? Seres Humanos? Tão primitivo…?! Parece-me difícil, embora possa ser bem fácil talvez. Como sempre, não faz sentido o que quer que eu esteja querendo provar, dizer ou encontrar nesse momento. As coisas perdem o sentido e é maior perca tentar encontrar o que se perde. São Longuinho que me perdoe, mas acho dispensável.
Há um imenso vazio e não faz sentido. E também não faz sentido o imenso vazio. Sentido! Sentido… Sentido? Qual o sentido de sentido? Se cada mínimo pedacinho de mim não sentisse, teria então algum sentido o não sentir?
Por que necessitamos?
É loucura… É longe demais do centro, ou próximo demais dele. Algum extremo com certeza é o que  sempre ocasiona alguma outra coisa. Se assim  for, resta realinhar a agulha da vitrola ou deixar ela quebrar. Como um corpo que caminha perto demais da beira do precipício… Ele pode de lá se jogar, se quebrar, ou pode voltar mansamente, ou de forma veloz, para outro pedaço de terra mais distante da beirada.
Comprar uma agulha nova, ou um disco novo, quem sabe trocar o aparelho por um mais moderno, ou uma musica mais moderna… Podemos chamar isso de solução? Mas… já não somos todos tão modernos? Ritmos alucinantes, imagens psicodélicas, tudo isso pode ser uma boa pauta. Mas pauta para o que mesmo? Sentido para o que mesmo?
março 22, 2010 1 comentário 48 Visualizações
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Inclassificavéis

Sobre uma admiração

por Alexandra Deitos março 19, 2010
Ok. Eu relutei muito tentando evitar escrever aqui sobre a noite que encontrei Humberto Gessinger.
Inútil, não vou conseguir. Cá estou para tal. Ao menos não vou expor os três textos que foram tomando vida própria, vômitos das catarses que fui sofrendo. E ainda haverá muitos mais, como uma digestão lenta e propulsora. O intrigante é que falando assim parece ter sido uma experiência no mínimo negativa enquanto que na real: de um modo estranho [boa sensação estranha] foi uma das melhores coisas que já me aconteceu.
Li o livro dele, coisa que eu não fazia nem muita questão. Nos últimos tempos eu estava bem distanciada daquele que tinha sido “o cara foda” dos vários devaneios da minha mente inquieta. Sabe aquele lance de você idealizar alguém e aí uma hora você raciocina e fala “Não deve ser tudo isso. Deixa eu parar enquanto ainda não me decepcionei.” E veja só, depois desse longo período de abandono eu reencontrei-o: exatamente como havia deixado.
Eu estou longe de ser uma fã. Ou talvez até seja. A questão é que minha admiração transcende a música, quesito que por sinal sou uma completa analfabeta e ainda por cima ignorante. Eu parto para o caráter idealizado, fico naquelas de divagações, idéias de espelhos e super-heróis, ou mesmo tomo tudo como poesia. Ele é o que é. Poderia ter qualquer profissão, músico, ator, engenheiro ou outra qualquer, continuaria sendo o que é. E eu gosto de brincar com essa simplicidade complexa.
Minha linha de raciocínio nunca é muito lógica por tanto tempo. Então: ponto. Termina aqui o que talvez fosse necessário falar.
Segue aí um trecho do livro, não o mais interessante, mas aquele que o acaso mandou:
“A pergunta que acho mais chata, nas entrevistas, sempre é feita com a melhor das boas intenções: “O que estás ouvindo?”. Que diabos isso que dizer? Querem saber de fato o que está tocando no meu aparelho? Querem saber quem eu acho legal? Querem saber quem é que eu quero que as pessoas pensem que eu acho legal? Querem saber o trabalho de quem eu gostaria de imitar descaradamente? Não é bem assim. Como o caráter autobiográfico, a influência não é linear. Ela é processada. A gente ouve um tango e escreve um rock pesado. A gente lê um poema e faz musica instrumental. Leonard Cohen te leva a um frevo, e um samba da Mangueira te traz um réquiem.”
março 19, 2010 1 comentário 52 Visualizações
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Inclassificavéis

É

por Alexandra Deitos março 18, 2010
Só agora que reparei: novamente eu era a mais nova do grupo. Nunca havia raciocinado que sempre é assim e tão logo visualizei, cansei também. Talvez isso explique a sempre sensação do “pouco saber”. Eu fico nessa busca dilacerante por um aprendizado, por um algo que está além do que me é propenso ter e saber. Condizer com a idade é fundamental para o equilíbrio de alguma coisa, com certeza deve ser, societária ou individualista, deve ter suas lógicas. Simples e puramente a questão é clara: você estar em um grupo onde sua idade diverge dos outros não é um problema, um problema é você querer estar no patamar das pessoas de idade diferente da sua. Cada macaco no seu galho diz uma dessas frases populares. De fato você até pode andar com os macacos mais velhos que você, mas nem eles nem você podem exigir atitudes, saberes, ou vivências suas como se você fosse um macaco velho.
março 18, 2010 0 comentário 50 Visualizações
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