Abraços longos, apertados, energéticos. Sorrisos bondosos, acalentadores. Palavras amigas, sinceras, alegres. Olhares dedicados. Ombros, mãos, braços e abraços e mais abraços. Amizades e mais amizades.
As horas passadas fazendo qualquer coisa manual sem utilidade alguma além de enfeite.
Vontades de esquecer imediatamente um livro que se acabou de ler para poder começar tudo de novo, ou a interrupção de uma ótima leitura para não acabar com o deliciamento.
O acordar no meio de um sonho para divagar sobre existencialismo e caminhos com um urso de pelúcia.
Sorvete. Frango. Vinho. Bolo. Torta. Batata. Queijo.
O instante em que se faz uma associação a uma idéia lançada em algum espetáculo que se assistiu há muito, muito, mais muito tempo atrás. Ou outras coisas que se associa, entende, ou apenas mastigamos mais um pouco a idéia, muito, mas muito tempo depois.
Sensações de liberdade, acompanhada de uma certeza do saber lidar.
As crises de riso que levam a câimbras no estômago e a aparência patética de um ser drogado.
O aconchego que invade cada polegada do meu ser ao olhar para o meu quarto, para o meu espaço, para a minha casa, para a minha construção…
Vencer algum limite. Sentir uma emoção muito forte. Vislumbrar algo até então tão entranhado. Conhecer-se mais um pouquinho. Reencontrar-se na busca.
O momento de duelo, durante o espetáculo, entre eu e o personagem. Este duelo anterior e o posterior também… e a certeza que se estancou o sangue ao menos por um segundo das veias de qualquer um dos dois.
Alexandra Deitos, divagando….