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Todo mundo é moderno. Todo mundo é tudo, sabe tudo, é melhor que o outro. Sabe… como os automóveis, os telefones celulares, a televisão. Tudo é mais moderno a cada dia que passa, a cada hora, a cada minuto, mas no fundo não deixa de ser o que é. Um automóvel te transporta de um lugar para o outro, um telefone te comunica com as pessoas, uma televisão te traz som e imagem de outros lugares, assim por diante.
Todo mundo é moderno e, no então, não deixa de ser o que é… E o que você é? O que somos? Alguém arrisca escolher uma denominação? Humanos? Seres? Seres Humanos? Tão primitivo…?! Parece-me difícil, embora possa ser bem fácil talvez. Como sempre, não faz sentido o que quer que eu esteja querendo provar, dizer ou encontrar nesse momento. As coisas perdem o sentido e é maior perca tentar encontrar o que se perde. São Longuinho que me perdoe, mas acho dispensável.
Há um imenso vazio e não faz sentido. E também não faz sentido o imenso vazio. Sentido! Sentido… Sentido? Qual o sentido de sentido? Se cada mínimo pedacinho de mim não sentisse, teria então algum sentido o não sentir?
Por que necessitamos?
É loucura… É longe demais do centro, ou próximo demais dele. Algum extremo com certeza é o que sempre ocasiona alguma outra coisa. Se assim for, resta realinhar a agulha da vitrola ou deixar ela quebrar. Como um corpo que caminha perto demais da beira do precipício… Ele pode de lá se jogar, se quebrar, ou pode voltar mansamente, ou de forma veloz, para outro pedaço de terra mais distante da beirada.
Comprar uma agulha nova, ou um disco novo, quem sabe trocar o aparelho por um mais moderno, ou uma musica mais moderna… Podemos chamar isso de solução? Mas… já não somos todos tão modernos? Ritmos alucinantes, imagens psicodélicas, tudo isso pode ser uma boa pauta. Mas pauta para o que mesmo? Sentido para o que mesmo?
1 comentário
Oie! Gostou do novo visual? A respeito da sua reflexão, estudamos em homeostase que que, qdo a pessoa alcança um certo grau de evolução, certas coisas parecem insignificantes, até mesmo essa pressão que nós mesmos exercemos sobre nós que temos sempre que cumprir certas obrigações. Que obrigações?? Beijão! Simbora para o coletivo!