Do nada, ou, do tudo

por Alexandra Deitos
Como uma criança eu observo a vida. Tudo parece tão colorido, tão novo, tão belo, tão puro… que chega a causar medo, espanto. Entra na pele todo o sentir, todo o ritmo da beleza mais suprema e a vida passa a parecer uma cartilha colorida, uma fantasia brilhante de carnaval, um mundo encantado de contos de fadas. Lá no fundo reside um lodaçal quase alertando que tudo é de vidro e como na cantiga é vidro é pode se quebrar, é pouco e pode se acabar, mas eu assumo a personagem criança. Eu visto a ingenuidade renovada com os ventos do outono e sigo sorrindo para o manequim, correndo pelas poças da chuva, amando essa nova criança.

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