E É

por Alexandra Deitos

É com gana o engano.
De ambos os lados, enganado e enganador.

É sem dono o abandono.
Vazio e monocromático de qualquer maneira.

É de turba o que perturba.
Sempre no descuido que se agiganta.

É uma azia o vazio.
Com dor ou gosto amargo de qualquer coisa.

É não dito o prometido.
Inexorável na sua total falta de sentidos.

(É alergia a alegria. É fineza a tristeza.
Como necessidade do que quer que seja.)

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2 comentários

Alexandra Deitos janeiro 31, 2011 - 2:59 pm

Leco querido!!
Eu ouvi algo assim ontem: "Mas eles não sabem o segredo do coração do poeta."
Fiquei com inveja dos poetas! rss
Acho que eu os envergonho, deixando exposto assim tudo quanto era para ser um aprender sigiloso…

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Leco Vilela janeiro 30, 2011 - 4:25 pm

"o poeta precisa aprender a se amar…"

Nunca esqueci esssa frase…

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