Animais que somos…

por Alexandra Deitos

Domesticados na pior ênfase da palavra e selvagens na pior existência de vida.
Se é possível que assim é que se é de fato, por favor, deixe-me abandonada.
As estatuetas de leões e tigres já não brilham mais.
As cantigas já foram poluídas com murmúrios de almas vazias.
As sombras já provaram vinhos mais verdadeiros.
Prefiro a peregrinação desavisada de um erro certeiro e a injustiça mais afiada.
A lonjura do eco que traz paz a quem olha para frente e tem ouvidos atentos.

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