Foi onde será

por Alexandra Deitos
A transparência, onde
O espelho era vidro e o vidro era espelho
O inevitável era simples demais para ser evitável
Em cada beijo nós queríamos tudo
E em cada palavra tudo era impossível
A ferida e a cura, onde
A mão pesada seguiria em carícias eternas
A falta já havia cansado e o amor transbordado
Ela voltava sozinha sempre
E ela sempre seria acompanhada
A moça presente, onde
Um ângulo cinza reto cortava dores coloridas
Um amanhã de premissas no topo da estátua mais bela
Esse amor que não paramos para viver
E talvez seja mais bonito assim, ou por isso

Deixe um comentário

Você pode gostar