RANHURAS

por Alexandra Deitos

com ofensas gritadas
como manchas, na face polida
jogadas
no chão, pedaços da vida

carinho falso que nos agasalha

magnetismo irresistível
sempre, atrai muitas bocas
o corpo
insaciáveis, ocas

noites vazias, sonho invisível.

porcelanas riscadas
ainda brilhantes na superfície
lascadas
no limite do possível

valendo o que quer que valha.

Deixe um comentário

Você pode gostar