Alexandra Deitos
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Autor

Alexandra Deitos

Alexandra Deitos

Nasci numa cidade interiorana do Rio Grande do Sul, onde vivi os primeiros anos da minha vida até terminar o ensino médio. Então, ainda menor de idade, saí de casa e vim parar na cidade de São Paulo, onde estou até hoje. Na área das Artes e Design me formei Bacharel em Têxtil e Moda pela Universidade de São Paulo | USP e Atriz pelo Teatro Escola Macunaíma, entre outras pequenas formações aqui e ali. Atuei na cena cultural através de projetos de light design e traje de cena por mais de uma década, quando inesperadamente me encontrei no caminho com o mundo canino. Estudei Comportamento Animal e o uso de metodologias educativas com enfoque Positivo e de Bem-estar Interespécies com Dante Camacho, Tudo de Cão, Universidade de Edimburgo, entre outros. Fundei a Pompom's House. Um espaço de hospedagem, convivência e socialização canina, onde, no momento, exploro minha experiência em Educação e Comunicação Canina, Manejo de Grupo e Diretrizes para Sociabilização. Você pode me conhecer de um desses períodos da minha vida. Ou, ter acabado de saber da minha existência nesse mundão. Não importa. Fico feliz que estejas aqui, e espero que algo do que eu compartilho seja troca e partilha contigo.

Interferências

Tadeusz Kantor não me larga essa semana….

por Alexandra Deitos junho 9, 2011

… sendo assim, um pouquinho da parte que mais toca!

Temos um tal de Gordon Craig considerando a arte do ator com inferioridade. Pois diferente de outras artes (música, artes plásticas), a matéria da interpretação teatral consiste na prórpia existência pessoal do artista, sujeita ao movimento das paixãos e, portanto nada preciso. Comparando o ator com uma supermarionete… Então chega Tadeusz Kantor e bebe dessa fonte!
Ele vem falar da catástrofe humana, da desumanização da figura humana! (não é lindo isso?) Expondo a vulnerabilidade da vida e da arte ele vem acabar com os heróis! (uau!)
E grita aos quatro ventos:
 
“… não é verdade que o homem moderno é um espírito que tenha vencido o MEDO… não é verdade… o MEDO existe: o medo diante do mundo exterior, o medo diante de nosso destino, diante da morte, diante do desconhecido, o medo diante do NADA, diante do vazio…
Não é verdade que o artista é um herói ou um conquistador audacioso e intrépido como o quer uma LEGENDA convencional… Acreditai em mim, é um HOMEM POBRE, sem armas e sem defesa, que escolheu seu LUGAR face a face com o MEDO.”
 
E assim trasforma o teatro levando-o para longe da linha contínua, e, se contradizendo ou não, traz os happenings, que ao meu ver são o misto da emoção e da técnica fundidos de tal forma que você nem quer mais pensar sobre essa história toda…
 
“Kantor dobra um lenço branco. Ele o faz com uma precisão absoluta de tempos e ritmos. Não se deve confundir isso com a determinação pontual sobre os fluxos, mas como o desdobrar de paisagens, uma após outras, que Kantor realiza ao dobrar o lençol. E o que ele demonstra, acima de tudo, é o extremo cuidado com o objeto, com o qual o ator coloca-se, cenicamente, em pé de igualdade.”
 
Assim Tadeusz Kantor iguala ator e objeto, vejam só!
E nós diz com as próprias palavras, pedindo para imaginarmos a entrada de “um homem nu que… carrega uma cadeira…”, o que de mais belo se pode conseguir um dia:


“…

Um puro objeto.

Alguém poderia dizer um OBJETO ABSTRATO.
e além

disso

era um POBRE objeto incapaz de realizar qualquer função na vida,
um objeto para ser

descartado.

Um objeto para ser das funções vitais que poderiam salvá-lo.
Um objeto que está

despido, sem função artística!
Um objeto que poderia evocar piedade e afecção.

Este era um

objeto completamente diferente dos outros objetos

…uma cadeira de cozinha.
Um objeto, que

estava completamente esquecido de suas funções vitais, emergiu pela primeira vez na história.

O objeto estava vazio.
Ele tinha que justificar sua existência mais para si mesmo do que para as
circunstâncias estranhas a ele. 
[E ao fazer isso, o objeto] revelou sua própria 
existência”.

as imagens presentes em ENSAIO AO ENGENHO, entre 2007 e 2014, são em partes de minha autoria e outras retiradas do google imagens durante o período citado. portanto, pode ocorrer que alguma imagem não esteja devidamente creditada. Assim, se você viu alguma imagem de sua autoria, ou sabe de quem seja, por favor, deixe um comentário ou entre em contato para que eu possa dar os devidos créditos ou então substituir a imagem, se assim for necessário.
junho 9, 2011 1 comentário 117 Visualizações
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Inclassificavéis

Abolição

por Alexandra Deitos junho 3, 2011
Eu nunca tive nada a perder, mas eu achava que tinha. Eu nunca tive fraquezas, mas eu as criava induzidamente. Eu nunca fui derrotada, porque ninguém pode afirmar o que é a derrota, mesmo assim eu engolia derrotas sem pestanejar. E assim eu rastejava por entre os sonhos e as ideias de mundos que não eram meus.
Confundida entre sussurros juvenis e rabugices senis eu vivia de pequenas golfadas, porque vômitos maiores nem eram permitidos. Mas mando agora ao inferno todos os que apagam os brilhos do mundo porque eles não apagam é merda nenhuma!
O brilho não está no mundo e também o mundo não está no mundo. É tudo avesso do avesso. É clichê e foi descartado, mas não é só lixo prolixo dentro da gente: é o vazio mais completo. Sem nem a nós mesmos para perder somos os reis do além.
junho 3, 2011 3 comentários 81 Visualizações
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Rítmicos desenhos

Clichês para uma música brega nem um pouco brega

por Alexandra Deitos maio 26, 2011
Tudo isso que eu não sei
Isso tudo você podia me ensinar
Não é?
E eu posso?
Coisas que você ainda não sabe
Eu posso tentar te ensinar
Coisas que eu não sei
Ah, os pontos de vista
Coisas que você não sabe
Não somos ignorantes
Ah, e ninguém é
São coisas diferenças que se sabe
E do quase nada que sabemos
E do quase tudo que também sabemos
A gente pode?
Não é?
A verdade de quase tudo
É suficiente para a insuficiência
maio 26, 2011 2 comentários 74 Visualizações
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De açúcar e de álcool

REBENTAÇÃO

por Alexandra Deitos maio 16, 2011
De olhos abertos, névoa.
De olhos fechados, ácido.
Assim eu conto as horas
desde que o rio verteu
e não houve meio de contê-lo.
Há vermelhidão no céu.
Há escuridão na terra.
A tempestade suja as águas
e fica um amargor por ali.
O vento longe, longe, não silencia.
A água vence suas barreiras.
A terra não sabe do seu fluir.
O rio encontra na margem a terra
e ainda assim não se encontram.
Não cabendo em si viram destruição.
maio 16, 2011 3 comentários 73 Visualizações
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De açúcar e de álcool

FALHA

por Alexandra Deitos maio 16, 2011
Acho que apaixonante é meu item falho.
Deram-me tudo e esqueceram de quem me vê.
maio 16, 2011 0 comentário 65 Visualizações
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Crônicas-quase

Falsária revolução

por Alexandra Deitos abril 29, 2011
A cada carro que passa a água faz uma onda de um palmo na calçada, a cada ônibus são dois palmos de ondas saltitantes. Todos estão ensopados no ponto de ônibus. O tráfego é intenso e lento. Quando há trégua algum carro aproveita a brecha, pega a pista e acelera, já não são palmos de água subindo mas jatos por toda parte. Alguém é feliz, ganhou segundos preciosos na corrida esperta de quem chega mais cedo em casa. No ponto todos reclamam, por raiva do alguém que ganhou os segundos ou pela situação caótica mesmo. Reclamam dos motoristas, reclamam do prefeito, reclamam do presidente (ou da presidente, agora), reclamam até de Deus e, acredite, da sogra também. Porém ninguém reclamou do cara que subiu em pé em cima de um dos bancos para se molhar um pouco menos. Comia pipoca e jogou a sacolinha branca lá do alto, como um lenço lançado de um navio. Também ninguém reclamou consigo mesmo. As bitucas de cigarro nadando e se afogando assim que o ônibus esperado apontava na esquina. Todos chegando e partindo, afinando um coro de resmungos e sinfonias. Alguns passavam sem participar, nem para o bem e nem para o mal. Ninguém pelo bem.
abril 29, 2011 1 comentário 62 Visualizações
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AnomaliasLirismos

Árvore em Flor

por Alexandra Deitos abril 28, 2011
 
Era uma garota que não gostava de flores, gostava mesmo era de árvores. 
Mas como toda ignorância se perde no tempo, um dia ela percebeu: 
– Em qualquer árvore frutífera sempre haverá flor!
 
E por fim conseguiu compreender tudo que tanto repetiam das polaridades: 
– A beleza realmente é esse tal misto de bonito e feio!
Agora a garota podia gostar do bonito com tristeza e do feio com alegria.
 

as imagens presentes em ENSAIO AO ENGENHO, entre 2007 e 2014, são em partes de minha autoria e outras retiradas do google imagens durante o período citado. portanto, pode ocorrer que alguma imagem não esteja devidamente creditada. Assim, se você viu alguma imagem de sua autoria, ou sabe de quem seja, por favor, deixe um comentário ou entre em contato para que eu possa dar os devidos créditos ou então substituir a imagem, se assim for necessário.
abril 28, 2011 0 comentário 61 Visualizações
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Crônicas-quase

Luiz Antônio – Gabriela (morte em acidente de trânsito)

por Alexandra Deitos abril 15, 2011
O DETRAN é exímio em sua função de sempre manter muito ampla a quantidade de taxas, implicações burocráticas e, claro que não se pode esquecer, sua capacidade mafiosa incontestável, e jamais deve se preocupar com qualquer outra coisa.
O CFC (“Centro de Formação de Condutores”), aliado ao DETRAN, tem como obrigação ajudar seus clientes a perder tempo, perder dinheiro, e principalmente aprender passo a passo como contribuir para a grande máfia, sob hipótese alguma pode tentar formar condutores bem preparados para o trânsito.
A CET (“Companhia de Engenharia de Tráfego”) existe apenas para executar competições de multas por minuto, e nunca para orientar em situações ou planejar um tráfego de trânsito melhor.
O transporte público (“direito do cidadão e dever do Estado”) em geral, serve como meio de lucro exorbitante, algumas vezes, se muito necessário, cumpre a função de transportar, porém é inaceitável que o transporte seja feito sob condições humanas e saudáveis.

Mas eis que por um acontecimento impossível, diante de condições tão propicias ao ir e vir seguro do cidadão, alguém morre em algum acidente de trânsito. É, fatalidades acontecem… lamentavelmente, por mais bem guardado que estejamos.
E quem quer que afirme que esse acontecimento foi um assassinato será tido como um desequilibrado, um transgressor da ordem pública. É realmente muito estranho alguém pensar nessa possibilidade… Também, quem quer que ouse dizer que Luiz Antônio – Gabriela foi assinada será tido em igual conta.
Por tanto não preciso enumerar os incontáveis meios que asseguravam uma vida digna a Gabriela, nem as outras incontáveis formas de segurança para a vida digna de Luiz Antônio. Fica claro, sem precisar relatá-los, que ela morreu simplesmente, vítima de uma fatalidade, ou, melhor, uma morte natural, jamais um assassinato. Como se Luiz Antônio – Gabriela sofresse uma morte em acidente de trânsito.
Afinal, assassinatos só são assassinatos quando quem provoca a morte dispara um tiro à queima roupa, uma facada, essas coisas, mais corpo a corpo, mais diretas. Mesmo a morte numa câmara de gás não pode ser assassinato, afinal a segurança está sendo estabelecida.
Não é mesmo gente?
P.S. Talvez os exemplos que dei dialoguem muito pouco, ou nada, mas certamente usar exemplos mais recentes e claros seria sensacionalismo demais e um menosprezo à inteligência de quem lê.
abril 15, 2011 0 comentário 60 Visualizações
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Contos-quaseProseios

A mesma, em qualquer lugar

por Alexandra Deitos abril 13, 2011
Embaixo de um toldo, o casal. Ela olha para o céu que pinga. Ele olha para os pés encharcados.
Ela – A chuva parece cair mais bonita aqui na Avenida Paulista.
Ele – A chuva é a mesma em qualquer lugar.
Ela – E foi isso que eu disse: parece!
Ela baixa o olhar para os pés molhados. Ele olha ao redor.
Ambulante – Olha o guarda-chuva! Guarda-chuva!
Ele acompanha com o olhar o rapaz que grita atravessando a rua. Ela volta a olhar para as gotas de caem lá do alto.
Ela – Isso foi rabugento, vai… pode, sim, ser mais bonita se a gente quiser!
Ele – Ok, se você quiser… mas ainda assim vai continuar molhando a gente. Vamos comprar um guarda-chuva!
Ele faz sinal para o vendedor que corre até o toldo. Ela observa a negociação.
Ele – Pronto, vamos!
Ela – Você gastou 15 reais numa armação de plástico preto que não vai servir para coisa alguma, tudo porque quer se convencer que a chuva é a mesma em qualquer lugar…
Ele – Ai, caralho! Começou…
Ela – Não. Eu terminei.
Ele – ?
Ele fica, parado, metade do corpo embaixo do toldo a outra metade embaixo do guarda-chuva recém aberto. Ela sai andando, em poucos segundos sua figura encharcada atravessa a rua, com a boca entreaberta mastigando gotas de uma chuva diferente.
Ele – Espera! Depois vai ficar doente…
Ela não espera. Logo ele também parte, encolhido sob o guarda-chuva ditando passos curtos.
–
Em algum momento eles chegarão a algum lugar, ambos molhados, ela um pouco mais. No outro dia ele irá acordar resfriado, ela o evitará para não se contagiar. O distanciamento de como encarar a chuva poderá nem ser lembrado, mas persistirá até a rendição de tudo que segue para evoluir.
abril 13, 2011 0 comentário 57 Visualizações
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Inclassificavéis

Existencialismo pouco é bobagem

por Alexandra Deitos abril 11, 2011

A vida seria basicamente comer, dormir, trabalhar, relacionar-se e, como conseqüência, movimentar-se. 
Há quem, pensando nisso, faça cara de desdém, achando banal demais a vida ser “só isso”. 
Só isso? Então por que será que a maioria nem consegue viver decentemente esse “só isso”?  
abril 11, 2011 0 comentário 55 Visualizações
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