Machuca, por vezes, muito mais o lápis do que uma enxada.
Machuca, por vezes, muito mais estar fora do ringue do que nele.
Machuca, por vezes, muito mais a liberdade do que uma prisão.
Machuca, por vezes, muito mais viver do que a morte em si.
Alexandra Deitos
Alexandra Deitos
Nasci numa cidade interiorana do Rio Grande do Sul, onde vivi os primeiros anos da minha vida até terminar o ensino médio. Então, ainda menor de idade, saí de casa e vim parar na cidade de São Paulo, onde estou até hoje. Na área das Artes e Design me formei Bacharel em Têxtil e Moda pela Universidade de São Paulo | USP e Atriz pelo Teatro Escola Macunaíma, entre outras pequenas formações aqui e ali. Atuei na cena cultural através de projetos de light design e traje de cena por mais de uma década, quando inesperadamente me encontrei no caminho com o mundo canino. Estudei Comportamento Animal e o uso de metodologias educativas com enfoque Positivo e de Bem-estar Interespécies com Dante Camacho, Tudo de Cão, Universidade de Edimburgo, entre outros. Fundei a Pompom's House. Um espaço de hospedagem, convivência e socialização canina, onde, no momento, exploro minha experiência em Educação e Comunicação Canina, Manejo de Grupo e Diretrizes para Sociabilização. Você pode me conhecer de um desses períodos da minha vida. Ou, ter acabado de saber da minha existência nesse mundão. Não importa. Fico feliz que estejas aqui, e espero que algo do que eu compartilho seja troca e partilha contigo.
Todo mundo quer ser zen, quer atingir o nirvana, porque é difícil e te torna melhor…disseram. Mal educados, não devolvemos um tapa. Bem educados ainda oferecemos a outra face. E na próxima esquina somos os primeiros a dar o tapa em alguém, nunca pela defesa, mas sim porque somos melhores e merecedores, proprietários de um certo direito… por tanto sofrimento.
É com gana o engano.
De ambos os lados, enganado e enganador.
É sem dono o abandono.
Vazio e monocromático de qualquer maneira.
É de turba o que perturba.
Sempre no descuido que se agiganta.
É uma azia o vazio.
Com dor ou gosto amargo de qualquer coisa.
É não dito o prometido.
Inexorável na sua total falta de sentidos.
(É alergia a alegria. É fineza a tristeza.
Como necessidade do que quer que seja.)
(…)
Se há perigo, não diga
Não chame pelo diabo
Ele dá passos conforme escuta seu nome
Nadando respire, respirando nade
Nada pode ser maior e nada pode ser menor que nada
Só não engula água achando que é sapo
Nem sapo achando que é água
Mastigando o vazio, esvazie o mastigado
Digerir o vazio causa gastrite
Não digerir causa alguma moléstia também
Transfira o exercício
Da sala de aula para a calçada da avenida, em horário de pico
E quando em sala, entregue-se ao exercício
Como ao sono numa manhã de domingo
Esqueça tudo que não sabe, saiba tudo que esquecer
Não se importe com nada que for dito
Seja por um filósofo ou pelo dono do bar
Não deixe de tomar a sua dose de vontade
Com 2 cubos de propriedade, por favor
E rasgue essa folha encardida, já há regras demais no mundo
Diáfanas e controvérsias imbecis
é de dor que amarga o doce
é de lago que invade o mar
a tristeza que se evita
qual canto de sereia
de uma onda se precipita
e na cruza do rio
já não é chuva, já não era rio
e ditamente não será lágrima
é de acúmulo que esvazia
é de estiagem que inunda
a angústia que não se cria
qual ramagem de sertão
pelos rachos se anuvia
e na dobra da curva
já não é chão, já não era curva
e ditamente não será caminho
(…)