Alexandra Deitos
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Autor

Alexandra Deitos

Alexandra Deitos

Nasci numa cidade interiorana do Rio Grande do Sul, onde vivi os primeiros anos da minha vida até terminar o ensino médio. Então, ainda menor de idade, saí de casa e vim parar na cidade de São Paulo, onde estou até hoje. Na área das Artes e Design me formei Bacharel em Têxtil e Moda pela Universidade de São Paulo | USP e Atriz pelo Teatro Escola Macunaíma, entre outras pequenas formações aqui e ali. Atuei na cena cultural através de projetos de light design e traje de cena por mais de uma década, quando inesperadamente me encontrei no caminho com o mundo canino. Estudei Comportamento Animal e o uso de metodologias educativas com enfoque Positivo e de Bem-estar Interespécies com Dante Camacho, Tudo de Cão, Universidade de Edimburgo, entre outros. Fundei a Pompom's House. Um espaço de hospedagem, convivência e socialização canina, onde, no momento, exploro minha experiência em Educação e Comunicação Canina, Manejo de Grupo e Diretrizes para Sociabilização. Você pode me conhecer de um desses períodos da minha vida. Ou, ter acabado de saber da minha existência nesse mundão. Não importa. Fico feliz que estejas aqui, e espero que algo do que eu compartilho seja troca e partilha contigo.

De açúcar e de álcool

Que parta pelo sim

por Alexandra Deitos janeiro 7, 2011
Das árvores caem diamantes, cristais de água tão raros que só a malícia poderia eleger como simples água. E no matagal virgem brilham estrelas flutuantes que é quase possível tocar. É de um êxtase profundo tudo ali. Sempre além do além, mais puro e mais belo aos olhos que já não são mais tão acostumados à inocência.
E do que adianta tanto pureza? Do que adianta o sol ser mais manso, a terra mais bonita, o ar mais aconchegante? Por que não contenta viver cercada pelo mimo mais completo? Do que adianta adoçar a vida com simplicidades? Por quê? Ter a família toda reunida e…? Aqui onde tanta maravilha se pinta não pinta o que eu sou. Estranha de mim mesma, sou peixe fora d´agua, destoante e inútil me fico se fico. 
Permanecer seria lindamente fraco, porque meus olhos não têm repouso no incomodo do que não é meu e ouvidos e boca não tem vez. As mãos vazias sem saber plantar. Os pés descalços sem poder andar. E eis que vontade alguma impediria o precipício mais próximo, o fim mais insignificante. Força alguma seria capaz de vencer tantas belezas todos os dias… tantos acalentos, tantas ombros, tantas mãos, tantos amores…
janeiro 7, 2011 2 comentários 60 Visualizações
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Crônicas-quase

Entre ter e estar

por Alexandra Deitos dezembro 15, 2010
Em alguns dias estarei de visita à cidade em que nasci, brinquei, cresci e vivi os bons anos antes da tal febre da independência que mudou meu tracejar. Lá tive família, e tenho-a. Lá tenho amigos, ou tive-os. Lá poderia eu ainda ter uma vida inteira, mas ter me parece coisa tão pobre.
Quanta gente quer ter. Ter, ter e ter, as coisas, as pessoas, as situações, os lugares, em vez de estar, simplesmente estar, com, ali, lá, nós, agora. A vida é independente, e não nos darmos conta disso machuca mais do que o real fim na morte. E se a vida o é, nós também devemos ser. As estradas não estão prontas, o mundo muda muito, a cada segundo uma porta se abre e duas se fecham, você vê paisagens pelo vidro de um carro e já são novas paradas. Aceitar, aceitar as mudanças é o que entorna significado ao insignificante.
Os amigos com quem eu estive quando morei lá não são mais os que posso estar hoje, questões práticas de geografia e resoluções sociais, questões difíceis de psicologia e resoluções sentimentais, mas o grande entendimento da questão está nas pessoas que compreendem essas mudanças. Ah, aqueles que conseguem compreender que não podemos estar nos momentos, mas podemos manter o já vivido, preservando-nos, são as grandes pessoas que considero.
Desaparecem, devastam com tudo os que se apegam em ter. Completam-se, os que se conscientizam do estar, preenchem a vida de valores mais reais fugindo da existência vazia, vã e dolorosa. Não comprar substituições para o “ter” e abraçar o momento de “estar”, essa seria uma grande satisfação na totalidade.
Quando nos encontramos, pessoas que compreendem as mudanças da vida, os rumos, as necessidades, temos muitos assuntos, longas boas conversas e uma grande amizade, maior do que se poderia imaginar tendo-a, porque estar é o refinamento da beleza, a construção das coisas que realmente perpetuam e são importantes.
dezembro 15, 2010 0 comentário 55 Visualizações
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De açúcar e de álcool

Um passeio ali do outro lado

por Alexandra Deitos dezembro 10, 2010
E então, precipitadamente, eu estou no seu lugar, pois só tentar estar nunca é a mesma coisa. Ainda assim continuo entendendo e não entendendo, sinto-me cada vez mais nada do que antes. Como se não bastasse uma dose, mandaram logo duas da mais pura e ardida. Engulo a primeira sem pedir arrego achando que vai suavizar na segunda, é tarde demais. Embebedei-me nos exemplos, tonteei na fragilidade transponível. Se a situação é essa, eu continuo achando que podia ter sido assim e assado e ainda vou fazer ser só para provar que podia ter sido. A verdade sai, a sua verdade sai, a partir de agora eu construo a nova verdade, uma verdade que sempre foi a minha e apenas não possuía espaços para crescer e ser vista.
dezembro 10, 2010 0 comentário 55 Visualizações
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Interferências

Manoel de Barros

por Alexandra Deitos dezembro 3, 2010
“… Não gostava de estudar até descobrir os livros do padre Antônio Vieira: “A frase para ele era mais importante que a verdade, mais importante que a sua própria fé. O que importava era a estética, o alcance plástico. Foi quando percebi que o poeta não tem compromisso com a verdade, mas com a verossimilhança.” Um bom exemplo disso está num verso de Manoel que afirma que “a quinze metros do arco-íris o sol é cheiroso.” E quem pode garantir que não é? “Descobri que servia era pra aquilo: Ter orgasmo com as palavras.” Dez anos de internato lhe ensinaram a disciplina e os clássicos a rebeldia da escrita…”

dezembro 3, 2010 1 comentário 69 Visualizações
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Anomalias

De quando eu não quero ser uma pessoa

por Alexandra Deitos dezembro 2, 2010

As pessoas vestem suas melhores roupas para ir ao shopping comprar roupas ainda melhores para vestirem quando forem novamente ao shopping.
dezembro 2, 2010 0 comentário 62 Visualizações
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Proseios

Choques

por Alexandra Deitos dezembro 2, 2010

1 – Hoje eu estou tão bem arrumada que bem podia conhecer a pessoa da minha vida…
2 – Melhor não.
1 – Ué, está contra mim agora?
2 – Não… pensa, se você conhecer a pessoa da sua vida hoje qual a possibilidade de amanhã ela continuar sendo a pessoa da sua vida?
1 – Nossa…
2 – Sério! A pessoa da sua vida você precisa conhecer quando estiver bem molambenta, se assim ela se interessar por você é certeza que no outro dia ainda vai restar algum interesse.

dezembro 2, 2010 1 comentário 61 Visualizações
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Crônicas-quase

Destitular ou A beleza do des

por Alexandra Deitos novembro 19, 2010
Dizer que a flor desfloresceu não é a mesma coisa que dizer que ela morreu ou murchou. O des dá amplitude. Enquanto qualquer outra coisa limita o fim da flor o des rompe as barreiras, fornece sem pestanejar infinitas possibilidades para aquilo que simplesmente era.
Ah, e quando há a despaixão então… Deixar de gostar é muito simples, reto, curto. Desapaixonar é a degustação, o delongamento, transformação que cultiva a beleza onde já era improvável.
Grande Guimarães que conseguiu enxergar tais maravilhas. Desmachucar. Desverdear. Descaminhar. Desgritar. Despartir.
O des não é verborrágico, não reclama frases, não deve ser explicado… e ainda assim jamais o des será vazio, afônico, seco. O des abre um caminho do meio, uma alameda entre o prolixo e o lacônico, onde a falta ou o excesso é de inteira responsabilidade de quem o usa. Isso é, para mim, uma das coisas mais lindas que se pode ter disponível.
novembro 19, 2010 2 comentários 76 Visualizações
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Poemas-quase

VER

por Alexandra Deitos novembro 12, 2010

tem verde 
em pouca parte
mas como a arte
brotar  pode
em toda parte
ver de verdade
ver de ver melhor
 ver de amar
novembro 12, 2010 0 comentário 59 Visualizações
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Inclassificavéis

ALGUMA COISA

por Alexandra Deitos novembro 10, 2010
descrença
que no frio maltrapilho
desfalece
da pele
craveja
em alma
enlatada e abestalhada
ridiculamente exposta, lá ia a tal moça
destemida
temendo
rogava
alguma atitude
divina, manifestações extra-alguma-coisa
qualquer
banalidade
que lhe revogasse
responsabilidades
nas somas
quantidades
de qualquer-alguma-coisa, do quociente 
sempre 
muito
vago
ingenuidade
egoísta
novembro 10, 2010 2 comentários 68 Visualizações
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Rítmicos desenhos

Filmes & Peças

por Alexandra Deitos novembro 8, 2010
                                                                                                   No rosto

As portas.                                                                                    o tecido.
Os sonhos.                                                                                 o chapéu.
As estações.                                                                                 o papel.

                                                                                                 a máscara.
                                        Em rosto exposto
                                  o contragosto contraposto.

Na vida
o verão.                                                                             As freqüências.
o outono.                                                                             As ausências.
o inverno.                                                                            As repetições.
e a primavera.

                                      Em vidas as estações
                            das repetições que muda as ações.

                                                                                               Aquele não
                                                                                                     silêncio.

Sem fins.                                                                                            vida.
Sem começos.                                                                                  parte.
Sem meios.                                                                                         fica.

                                                                                                deixa estar.

                                       Desdobra e redobra
                                  a dobra do meio que cobra

Repetições.                                                                              Repetições.
Repetições.                                                                              Repetições.
Repetições.                                                                              Repetições.

novembro 8, 2010 1 comentário 66 Visualizações
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Você pode me conhecer como Xanda ou Alê. Dizem que somos a mesma pessoa, mas claramente somos duas, ou muitas mais. E aqui estou, ou estamos, e pretendo estar, cada vez mais inteira.

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