afora o som do teu nome que eu adoro.
afora o som do teu nome que eu adoro.
Nasci numa cidade interiorana do Rio Grande do Sul, onde vivi os primeiros anos da minha vida até terminar o ensino médio. Então, ainda menor de idade, saí de casa e vim parar na cidade de São Paulo, onde estou até hoje. Na área das Artes e Design me formei Bacharel em Têxtil e Moda pela Universidade de São Paulo | USP e Atriz pelo Teatro Escola Macunaíma, entre outras pequenas formações aqui e ali. Atuei na cena cultural através de projetos de light design e traje de cena por mais de uma década, quando inesperadamente me encontrei no caminho com o mundo canino. Estudei Comportamento Animal e o uso de metodologias educativas com enfoque Positivo e de Bem-estar Interespécies com Dante Camacho, Tudo de Cão, Universidade de Edimburgo, entre outros. Fundei a Pompom's House. Um espaço de hospedagem, convivência e socialização canina, onde, no momento, exploro minha experiência em Educação e Comunicação Canina, Manejo de Grupo e Diretrizes para Sociabilização. Você pode me conhecer de um desses períodos da minha vida. Ou, ter acabado de saber da minha existência nesse mundão. Não importa. Fico feliz que estejas aqui, e espero que algo do que eu compartilho seja troca e partilha contigo.
A rua é sem saída. Em frente temos uma parede que não pode ser transposta.
Num piscar de olhos a bússola do coração, que quer continuar, será pisoteada pelo fato inegável que é preciso voltar para trás, para só então seguir em frente.
E voltar atrás é doloroso, mas ficar parado diante da parede da rua findada acaba com qualquer possibilidade de paisagem.
Então onde se reside o medo de voltar? Porque a paralisia? Porque a dor?
O desejo é sofrimento.
E a teoria reluta em virar pratica.
E se a dor é inevitável, só temos que escolher a forma de dor que mais nos agrada.
Então eu prefiro escolher a dor que eu mesma possa me causar, com a certeza que pelo menos nada dependerá de ninguém.
Até onde devemos nos intrometer em uma briga que não é nossa?
Até onde ela passa a ser nossa? Até onde ela é benéfica? Até onde é puro desgaste?
As perguntas rondam-me sem descanso… e eu canso!
Aí em algum lugar dizia assim: “Se sentirá impotente para enfrentar toda a contrariedade a que se vê exposto”
Mas esse lance de caminhos é tão nebuloso. E pensar enlouquece qualquer pessoa sã.
É ingênuo querer uma vida linear, mas é insano ter tanta sede de conquistas.
Olhei para trás e fiz um mosaico! E agora? Por cima dele cresceu um medo de endurecer, de perder o tato diante da verdade nua e crua.
Medos, sempre os medos como condutores nesses terríveis enfrentamentos da vida.
A pergunta sempre lateja: “Afinal de contas, o que nos trouxe até aqui… medo ou coragem?”
Medo ou coragem? O quê nos traz, o quê nos mantém, o quê nos leva adiante?
Eu tenho torcicolo e estou exausta, mas sigo caminhando em frente… Não há descanso, é quem descansa perde, não sei o quê, mas perde. Competitividade quem impulsiona para algum lugar.
Vamos seguindo, com uns desejos que até daria para considerar simples. E quando chegar na beira do precipício a gente segue enfrente, só… por medo ou por coragem tanto faz.
Alexandra Deitos
Eu não sou tudo o que penso ser. Eu penso ser tudo o que sou.
(e assumo isso, sem colocar peso meu sobre ninguém)
Estamos todos sujeitos a errar e inclusive permanecer no erro…
Afinal, somo todos humanos! Agora a compreensão com os erros tem seu parâmetros estabelecidos em cima de uma zilhão de fatos de cada ser envolvido no erro e até os não envolvidos.
Sobre sinceridades, cada uma tem a sua consigo mesmo…e todo o resto é subjetivo e variável. O que é real ninguém pode afirmar assim com toda essa certeza.
Eu sigo uma sensibilidade e nisso eu peco, porque sou cega pelos meu próprios sentimentos do correto. Mas o correto é caminho julgado por quem o faz! Por tanto, cada um com seu nariz e seu travesseiro!
E a frase decorrente sempre é “me senti mal porque você…” Mania que temos de exteriorizar as coisas e jogá-las para terceiros. Somos responsáveis por todos os nossos atos, bons e ruins. E todos eles uma vez plantados dão frutos, e somos obrigados a colher estes frutos, se não eles apodrecem e a coisa fica cada vez pior… fatos! (e não adianta fugir, a vida é vivida em curvas… não são outros ares, outras pessoas, outros não sei o que, que vão nos salvar)
E quem muita alegria força, quem muito busca aprovação, quem muito insiste no que está fadado ao fracasso, quem muito se irrequieta em perturbar o outro… é uma pedra buscando ser água.
A compaixão uma hora some, e a compreensão uma hora se esgota… e tudo que vai restar é uma banalização de uma busca!
Alexandra Deitos
Estava eu lendo em algum lugar uns papos do Marcelino Freire…
Sou obrigada a fazer uso das palavras deles por concordar com cada palavra, cada vírgula.
“… o ser humano chegou num ponto irreversível de corrupção e falta de ética. Ninguém mais se importa com o outro!! A corrupção e a obtenção ilícita do privilégio está no dia a dia de quase todo cidadão. Está no cara estacionado em fila dupla, no cara que fura uma fila, no cara que não devolve o troco que recebe a mais, em toda possibilidadezinha de poder se dar melhor do que o próximo. E essa gente é a grande maioria da civilização. Os políticos são o principal signo disso tudo, só porque têm publicamente suas falcatruas expostas e trabalham com um volume maior de podridão, mas o cidadão no dia a dia não fica atrás. (…)
E a arte, o questionar e entreter… Não acho que vamos mudar algo, porque como eu disse acima, estou em um estado de ceticismo em relação à civilização. Mas acho que podemos questionar o cidadão. “Você acha que é legal mesmo ser o mais esperto? Onde você acha que essa sua atitude vai te levar? Você já percebeu que a humanidade é uma só, e que se você fode o próximo, você vai estar fodendo a si mesmo, seu otário?” Eu vejo a civilização como um grande ser humano doente, onde uma célula cancerosa vai infectando a outra, e o resultado é a morte daquele ser…”
E ele diz também:
“… o computador não torna a pessoa um imbecil. O imbecil vai fazer do computador um veículo de sua imbecilidade…”
Então eu, nós, podemos concluir que nada torna ninguém imbecil, e sim a imbecilidade só busca meios de ser propagada?
Claro!
O ser humano é condenado a todo instante com a liberdade. E ele se mata a todo instante com medo de viver, sem saber viver!
Há um muro de Berlim dentro de mim
Tudo se divide
Se queres paz te prepara para a guerra
Se não queres nada descanse em paz
Vamos passear depois do tiroteio?
Colher as flores que nascerem no asfalto?
Uma certa impressão… uma certeza imprecisa
Não tenhamos medo de perder a guerra
Pois no fim da guerra todos perdem
O fogo ilumina muito por muito pouco tempo
Em muito pouco tempo o fogo apaga tudo
Mas se faltar calor a gente esquenta
Se não for possível a gente tenta
A gente se acostuma a muito pouco
E fica achando que é demais
E o que acontece na vida, quando alguém faz o que quer com ela?
E quem não precisa de uma versão, uma tradução?
