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Paraty

AndançasLitorâneas

Trindade & Cachadaço

por Alexandra Deitos outubro 26, 2022

A memória é um mundo à parte

Trindade, em Paraty, não é meu amor maior, mas tem lugares que já me tiraram o fôlego inumeras vezes. E lá estava eu, mais uma vez, para refazer caminhos antes já percorridos e buscar paisagens guardadas no tempo da memória.

Partindo de Paraty, de transporte público rumo a Trindade, em 40 minutos, com a van cheia mesmo fora de temporada, o mergulho na localidade já começa antes mesmo da primeira subida e a memória se certifica que tudo está como deveria estar.

Vista da Praia do Meio a partir da segunda trilha

As curvas exatamente nos mesmos lugares, a água invadindo a pista no mesmo ponto de sempre, o mar igualmente enérgico banhando a areia, a comunidade despertando lentamente a vida das ruas. Pé no chão, e tudo sob controle para traçar os caminhos que levam aos lugares.

Só que a gente esquece que o que já foi não é, e por mais que tudo muito se pareça em nossa memória, ela é um mundo à parte. Os lugares mudam, a gente muda, a memória também muda. O incontrolável é presença. E é assim que vamos a lugares completamente novos todos os dias se nos permitirmos olhar com mais atenção.

Nomes assinados em bambus ao longo de uma das trilhas

Cruzando o mesmo rio para pegar a trilha até a Praia do Meio, outras águas molham meus pés e vivem agora como memória também. A trilha para a Piscina do Cachadaço tem novas pegadas, mais bifurcações, declives e subidas antes diferentes. Por momentos, me pego pensando, e se lá chegar e nada for como era? É sempre possível.

O trajeto é sempre mais longo na dimensão da consciência, mas, logo a Piscina do Cachadaço se apresenta aos meus pés, olhos, e memória. Como estava? Única, no brilho daquele instante vivo, mas também refrescada na memória viva.

Registro da Piscina do Cachadaço
outubro 26, 2022 0 comentário 88 Visualizações
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AndançasLitorâneas

Saco do Mamanguá & Pico do Pão de Açúcar

por Alexandra Deitos outubro 3, 2022

Coração, corpo & mente, quem comanda quem?

Há quem diga que o Saco do Mamanguá, localizado em Paraty, não é um fiorde e sim uma ria. Seria algo assim porque fiordes originaram-se do degelo e a ria pela ação das marés. Mas entre controvérsias teóricas pelo nome, fico com a beleza da paisagem.

Um braço de mar que avança por 8 quilômetros do continente banhando montanhas cobertas de Mata Atlântica e formando muitas praias paradisíacas. Há muito o que se conhecer nesse paraíso, e logicamente o que visitei até então é quase nada. Mas é o nada deslumbrante que te deixa, como deve ser, querendo mais.

Vista a partir do topo do Pico Pão de Açúcar

Maneira de acessar o Saco do Mamanguá existem muitas. E pessoas fornecendo informações também. O que eu gostaria aqui é apenas que embarque comigo no relato da minha experiência e que isso possa te despertar inspirações para criar a sua em qualquer lugar que deseje.

Diante da análise de inúmeras possibilidades, disposição, custo benefício, relação tempo e outras tantas demandas. A escolha foi sair pela manhã de Paraty com o transporte público que leva até Paraty-Mirim, um encanto de vila que merece também seu relato em breve. 

A partir de Paraty-Mirim negociamos com um local a travessia por mar até a Praia do Cruzeiro, uma das 33 praias do Saco do Mamanguá, e que dá acesso a trilha do Pão de Açúcar, o foco do dia. Partimos com ele e Sophia, sua cãompanheira dona do barco. Por um trajeto de uns 30 minutos entre paisagens maravilhosas e informações sobre o local. 

Sophia, a cã dona do barco
Paraty-mirim
Lá em cima, o destino

Quando o Pico do Pão de Açúcar se apresentou à esquerda da embarcação e me dei conta da ‘escalada’ que me aguardava, a dúvida abalou todas as certezas. São 466 metros de elevação em apenas 1,5 km de distância do início da trilha até o ponto mais alto. Ver isso na sua frente é bem diferente de racionalmente estimar o que seria, principalmente quando se está sedentária e mentalmente duvidosa de suas capacidades de outrora.

Mateus, o barqueiro, deu o panorama: há quem faça em 40 minutos e há quem leve 3 horas. Pensei, claramente, que eu bateria o recorde e levaria bem umas 4 horas. Levando isso em conta, nos despedimos dele e da Sophia, marcando o horário mais tardio do retorno do barco para nos resgatar de volta à Paraty-Mirim.

E assim, partindo com os pés que saem do barco e são envoltos pelo mar, depois pela areia, então pelas folhas, raízes, barro, pedras e insetos, pé ante pé, iniciou-se a subida. Ser quem se é, e não quem se foi, é difícil demais. O coração saindo pela boca, entalado ali entre o possível e o que se deseja.

Começo da trilha
Algum trecho da trilha

As pausas para descanso começaram lentamente e foram tomando mais tempo que o movimento. ‘Pelo menos é só subida’ e ‘depois é só descer’. ‘Leve o tempo que for, eu vou chegar’. ‘O importante é que estou aqui’. ‘A Alexandra do passado já estaria lá em cima faz tempo’. ‘Se eu parar agora, ainda assim terá valido a pena’. ‘Acho que esse é meu limite’. A mente, arriscaria dizer, trabalha mais do que o corpo nesse processo. 

Mas também há outro fator. Para mim, fazer isso acompanhada estava sendo mais difícil do que sozinha. Por quê? Só muita terapia poderá responder… Mas, somente quando o meu companheiro resolveu avançar na frente e me esperar mais adiante, quando eu fiquei só comigo mesma é que eu soube que eu já tinha subido, eu estava lá em cima desde o momento que eu vislumbrei pela primeira vez ver o Saco do Mamanguá a partir do Pico do Pão de Açúcar.

E, assim, terminei os últimos metros de subida sem dúvidas sobre as certezas, no meu tempo do agora e feliz com quem sou. Foi 1h30 de uma vida na cabeça, um coração buscando o corpo, e um corpo mantendo-se vivo.

De onde parti…
Aonde cheguei…

Ah, a vista! Ela chegou, grandiosa e magnífica. Melhor do que eu imaginava, real como deveria ser, e como a parte de um todo ao qual pertence. A pequenez das embarcações lá embaixo, as profundidades nas tonalidades do mar, a ausência de outras pessoas, ocasionada pelo frio e pelas chuvas dos dias anteriores, tudo compondo aquela experiência, aquele momento.

E então, descer. Voltar a percorrer o caminho agora sobre outra perspectiva, novas sensações, a continuação do que é. Descer de fato é mais fácil, requer mais atenção, um pouco mais de musculatura para segurar o impacto, mas agora a mente já trabalha menos e tudo corre com mais fluidez, como a água.

Quando nos damos conta, o feito foi feito. E há tempo para caminhar pela praia, conversar com o senhor, morador que abriu a trilha, percorrer mais um trilha agora em direção a outra praia, avançar pelas pedras até ter o mar só para si e a imensidão a te abraçar. Com o passar das horas ver um barqueiro apontar ao longe, e se aproximar da pedra onde você está, como um velho amigo que te encontra ao acaso. Todos sorriem, pessoas, cachorra, mar, céu. Todos velhos amigos no tempo do seu próprio mundo.

Praia do Cruzeiro
Capela da Praia do Cruzeiro
Retorno a partir da Praia do Crepúsculo
outubro 3, 2022 0 comentário 111 Visualizações
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Paraty, para ti, meu amor

por Alexandra Deitos setembro 29, 2022

Paraty, na costa verde, é um daqueles lugares que ocupam, no meu inconsciente, um lugar mais que idílico. Onde a vista grossa existe para os defeitos todos, e as qualidades são sem medidas. Aquele afago sempre bem vindo, aquela possibilidade perene de um futuro de sonhos intensos. Paixão sempre viva!

Eu a conheci em janeiro de 2015. Foi inebriante, arrebatador, e nenhum pouco furtivo. Estabelecemos um relacionamento sério ao longo dos tempos e estações, e flertamos muitas vezes com o casamento, união estável com comunhão total de bens. Mas a vida trás outros amores, outros sonhos, possibilidades mil e destinos desencontrados.

Nos separamos por um tempo. Nos amamos a distância. Nos traímos. Nos tornamos amigas distantes…

Mas é sabido que amigos verdadeiros se reencontram passado o tempo que for e se reconectam imediatamente, não é mesmo? E assim foi, e é! Amigas que se amam e se querem bem! Então, para o mundo, quero deixar aqui registros do nosso amor. E, para ti, meu eterno amor.

setembro 29, 2022 0 comentário 109 Visualizações
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Oi, sou Alexandra!

Você pode me conhecer como Xanda ou Alê. Dizem que somos a mesma pessoa, mas claramente somos duas, ou muitas mais. E aqui estou, ou estamos, e pretendo estar, cada vez mais inteira.

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