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essa massificante caixa quadrada
cheirando a cela perfumada
onde nem se vê o sol
toda semana, todo dia
é nela que me enclausuro
para conseguir seguir as leis
malditas sociedades
quero viver a amplitude
quero toda semana, todo dia
poder viver a vida
mas a culpa é inteira minha
que tenho necessidade de alimento
e não vivo só de luz
que não consigo me alimentar
só de arte, só de amor
não ser tão revolucionária quanto dedicada
é culpa minha
oh, vida minha de holofotes cega
de gravatas sufocada
de integridades chocadas
1 comentário
Soco no estômago! :oP
Beijos,
Dani