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Os quereres. Eles sempre estão presentes, constantes, recicláveis, eternos. Não importa muito qual, quando, onde e como, sempre queremos e sempre iremos querer insaciavelmente. Se querer é a mesma coisa que desejo, muito provável que seja, podemos então entrar naquelas conversas de egos, desapegos e iluminação – mas acho que isso tudo no final das contas não é assunto que deveria ter importância. Na real vivência dos fatos, começo a me questionar qual a medida positiva de se questionar. E se a importância está de fato nos questionamentos não devemos jamais confundir isso e achar que a importância está nas respostas. As questões são trajetórias, pontes, ruas, mares, céus. As respostas são paisagens, imagens, sons, odores, gostos. As dúvidas são o que são: sinceras e donas de si mesmas. E a chegada não existe.
Quem quer ser um milionário?
Milionário de quê?
Quem quer ser o quê?
Não sei se o filme pode estar relacionado realmente, nem sei racionalizar o motivo de ter surgido como possível título da postagem… Mas Jamal me parece ter a inocência necessária na hora de jogar com a vida, me parece não ter dúvidas e ao mesmo tempo também não ter certezas, e ainda assim está à mercê de questões. Estar certo ou errado das questões nunca parece preocupá-lo e ter as repostas nunca lhe parece certo ou errado. Ele sabia ou não sabia, simples assim, sincero e dono de si mesmo.
4 comentários
Ok, desculpe! Eu precisava de um tempo para espairecer, um tempo comigo mesmo, sei lá… eu tava nervoso.
kkkkkkk!
Voltei!!!!!!
Jamal aprendeu com a vida e não se nego esse conhecimento de si mesmo.
Muitas coisas que queremos, de fato, não queremos.
Querer é um ciclo vicioso e cansativo, como disse Schopenhauer.
Queremos tudo, mas quando se tem tudo a vontade de mais não passa…
Buscam-se outras coisas. Coisas inatingíveis.
Enfim… eu adorei o filme!