Origens

por Alexandra Deitos
Uma pedra no sapato, ou no meio do caminho, e eis que nasce um poema. Uma morte ali na esquina pacata, ou um abandono que reforça a esquina agitada, e eis que nasce uma reportagem. Um vazio existencial, uma dor aguda, uma alegria transbordante, alguma coisa que lateja, que grita, que ecoa, que festeja, e eis que nascem palavras numa folha de papel. É o que dizem. É o que nos empurram goela abaixo e vomitamos num refluxo ingênuo, mas quem pode atestar de fato o que nos impele a escrever? Ninguém.

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4 comentários

Flor Baez outubro 15, 2010 - 7:18 pm

Ninguém mesmo. Escrever é muito particular e total ao mesmo tempo. De pertencer e não pertencer. Sempre muito confuso.
Bjs

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Paola outubro 14, 2010 - 2:51 am

E como dizia Clarice:"Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente minha própria vida."

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Alexandre Andrade outubro 13, 2010 - 7:37 pm

Ninguém.
Alguém.
Coisas também.
internas e externas.
Mal ou bem?
Para mim, pra vc, ou para quem?
Por tristeza, por amor
angústia, natureza ou dor.
Para a alma
Para os bens
Para o mal, ou para o bem…
E no fundo, mesmo
Pra mais ninguém e unicamente
pra nós mesmos nos refletirmos
em outrem.

né? rs

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Leco Vilela outubro 13, 2010 - 6:54 pm

concordo plenamente!

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