eu e eu

por Alexandra Deitos

Minha constante crise existencial do meu eu X teatro chocou-se com a nova crise existencial do meu eu X literatura e da eterna crise existencial eu X eu. E todas se fundiram em uma coisa só: uma crise existencial única da eterna busca!
O humano possui seus intermináveis dilemas, renováveis a cada segundo… Ficar neutro é impossível, irreal! Temos que fazer escolhas, e sofrer diante de qualquer uma delas enfrentando o preço não só da decisão como da conseqüência diante de tal, e isso se transforma na grande glória do ser humano: poder participar de sua auto criação! Possuirmos a nós mesmos… afinal, todo desespero é fundamentalmente um desespero de sermos nós mesmos.
E então é preciso o cuidado em dar-se conta das falsas necessidades que nos são implantadas, da falsa visão de nós mesmos. Enxergar que estamos na periferia do profundo, onde erroneamente vivemos acreditando que a existência consiste em buscar o prazer e evitar a dor…
Precisamos educar-nos sobre quem é o eu mesmo e quem ele pode ser.
Policiar-nos diante de tudo e, sobretudo, de nós mesmos!
Como li de Sartre: “Não importa o que fizeram de mim, importa o que eu faço daquilo que fizeram de mim”
E fica vagante nisso minha eterna busca…

Alexandra Deitos, engenhando e buscando

Deixe um comentário

Você pode gostar