Alexandra Deitos
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Autor

Alexandra Deitos

Alexandra Deitos

Nasci numa cidade interiorana do Rio Grande do Sul, onde vivi os primeiros anos da minha vida até terminar o ensino médio. Então, ainda menor de idade, saí de casa e vim parar na cidade de São Paulo, onde estou até hoje. Na área das Artes e Design me formei Bacharel em Têxtil e Moda pela Universidade de São Paulo | USP e Atriz pelo Teatro Escola Macunaíma, entre outras pequenas formações aqui e ali. Atuei na cena cultural através de projetos de light design e traje de cena por mais de uma década, quando inesperadamente me encontrei no caminho com o mundo canino. Estudei Comportamento Animal e o uso de metodologias educativas com enfoque Positivo e de Bem-estar Interespécies com Dante Camacho, Tudo de Cão, Universidade de Edimburgo, entre outros. Fundei a Pompom's House. Um espaço de hospedagem, convivência e socialização canina, onde, no momento, exploro minha experiência em Educação e Comunicação Canina, Manejo de Grupo e Diretrizes para Sociabilização. Você pode me conhecer de um desses períodos da minha vida. Ou, ter acabado de saber da minha existência nesse mundão. Não importa. Fico feliz que estejas aqui, e espero que algo do que eu compartilho seja troca e partilha contigo.

Poemas-quase

RANHURAS

por Alexandra Deitos setembro 16, 2007

com ofensas gritadas
como manchas, na face polida
jogadas
no chão, pedaços da vida

carinho falso que nos agasalha

magnetismo irresistível
sempre, atrai muitas bocas
o corpo
insaciáveis, ocas

noites vazias, sonho invisível.

porcelanas riscadas
ainda brilhantes na superfície
lascadas
no limite do possível

valendo o que quer que valha.

setembro 16, 2007 0 comentário 62 Visualizações
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Crônicas-quase

Livres ou escravos…?

por Alexandra Deitos setembro 10, 2007

Comete-se um grande equívoco quando, começando a enganar-se à si mesmo, passa-se a crer que certo e errado, moral e imoral sejam decisões a serem tomadas por uma maioria.
Quando interesses próprios entram em jogo muitos acabamos por aceitar regras impostas e até a acobertar atos que por fim vão contra nossas próprias idéias. Então estar de acordo com a maioria, ou com os outros passa a ser mais importante do que estar de acordo com a verdade!
A maioria tem sempre razão? A voz do povo é a voz de Deus?
Podes ter certeza que a virtude — que raramente se torna escolha da maioria — não perde seu valor através dos séculos.
Tinham razão nossos ancestrais farroupilhas ao incluir no Hino Rio-Grandense: “Povo que não tem virtude acaba por ser escravo”. De fato, há uma relação entre liberdade e a adesão ao bem; Da mesma forma como quem vende sua consciência acaba servo do comprador ou uma mãe que protege um filho, este que cometeu um ato indisciplinável, ela acaba se tornando escrava da indisciplina deste. Assim também o povo que troca convicção por conveniência acaba submisso dos hegemônicos presentes na sociedade. Hoje, somos sim, escravos. Somos escravos de nós mesmos, dos nossos interesses.

Alexandra Deitos – Engenhando

setembro 10, 2007 3 comentários 85 Visualizações
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Contos-quase

DESCABIDO

por Alexandra Deitos setembro 5, 2007

Era um homem incomum, tanto em seus hábitos como em sua fisionomia.
Alto e esguio sua silhueta tornava-se desengonçada, os cabelos espessos e escuros eram longos até o meio das costas, o rosto não se via muito, quase todo encoberto pela barba que também era exagerada e o corpo, todo coberto por pêlos, era estranhado pelas garotas de programa que ele costumava procurar quase todas as noites.
Definitivamente sofria muito com o verão, ajeitava o cabelo num firme rabo de cavalo e negava-se a cortar barba, cabelo ou pêlos na promessa de passar menos calor. Esboçava um sorriso quando chegava o inverno.
Teve apenas uma namorada, também foi sua única esposa. A causa da separação: o amor dele pelos pêlos.
Gostava de tomar banho pela manhã e ao entardecer, nunca se enxugava, ficava perambulando pela casa nu e molhado. Passava a maior parte do tempo lendo bulas de remédios e assistindo comerciais de televisão.
Um dia ao sentar na cama, não se sabe por que, os pêlos do tornozelo dele grudaram na colcha de chenile.
Foi impossível separá-los, colcha e pêlos. Ficou sentado durante muito tempo pensando, por fim recortou a colcha contornando os pêlos.
Aquele pedaço de chenile em seu tornozelo passou a importuná-lo. Procurou um médico. Foi anestesiado e acordou com uma enorme mancha branca no tornozelo. O chenile fora arrancado junto com seus pêlos.
Proferiu muitos insultos ao tal médico e exigiu seus pêlos de volta. Guardou-os em um grande pote de vidro junto com todos os outros que arrancou, um por um, com uma pinça, nas semanas seguintes.
Não sofreu mais com o verão, mas também não sorriu mais com o inverno. Não leu mais bulas, nem assistiu comerciais, muito menos procurou garotas de programa.
Passou a enxugar-se com a colcha de chenile. Não que a colcha servisse com uma ótima toalha, era para mostrar que ela não lhe roubaria mais nenhum pêlo.

setembro 5, 2007 0 comentário 61 Visualizações
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Anomalias

FÉ

por Alexandra Deitos setembro 2, 2007

O mundo possui um compasso estranho…
O que é real ou ilusão afinal?
(penso muitas coisas, cada pensamento é um redemoinho devastador)
Você perde a razão tentando entender sua vida dentro desse compasso.
(perde a razão, e as forças…)
Todos crêem. Somos todos alienados de fé naquilo que nos conforta.
(e o meu conforto me é suprimido, resta-me a fé oca na esperança)
O mundo mantém seu compasso e as angústias proliferam-se.
(esforço-me com esperanças, as últimas)

setembro 2, 2007 0 comentário 61 Visualizações
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Híbridos

AREIAS

por Alexandra Deitos agosto 26, 2007

o meu tempo não conta areias,
o meu tempo conta em gotas.
essas gotas por vezes são de aromas,
em outros de reflexão transparente.
momentos correm,
momentos deslizam.
o vento leva a areia,
mas as minhas gotas trepidam com o vento
em emoções, medo e tudo que ele traz.
talvez eu sonhe com areias,
um sonho seco
que não me encharque de angústias.
sonhos,
areias molhadas, gotas áridas.
um pouco de tudo
para quem não sabe o que quer.

agosto 26, 2007 0 comentário 62 Visualizações
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Contos-quase

O FIM

por Alexandra Deitos agosto 24, 2007

A vida passou depressa para nós. Acabávamos de unir espinhas, oleosidade e o sorriso bobo da juventude e já podíamos notar a envergadura dos corpos, os cabelos grisalhos e o rosto chupado um do outro. Não que acreditássemos realmente que nossas vidas competissem com o ano-luz, mas não nos sobrou muito tempo para observar os detalhes da vida, a mudança diária de nossos corpos e sentimentos. Ana sempre me dizia, nos poucos momentos que nos encarávamos, que não estava certo, que para existir evolução precisávamos viver os pequenos detalhes do dia a dia, que precisávamos até ter tido filhos para ensinar e aprender. “ao menos um, Nestor” era o que sempre ecoava. Mas dado ao vazio é que sou feliz, a vida passava depressa e turbulenta, mas vazia, vazia como eu gosto. Talvez ela tenha razão, mas não faço questão de perceber isso agora. Tudo poderia continuar como sempre esteve, até definharmos definitivamente… Mas há algo perturbando meu vazio, são pessoas e ruídos por todos os lados e até Ana anda colaborando com isso. A vida precisa passar mais depressa, ela me parece lenta agora. Constantemente queixo-me a Ana…

Ele queixa-se agora, nunca foi disso. A vida passou depressa para nós, como ele queria. Não tive filhos, como ele queria. Tudo foi exatamente do jeito que ele queria, uma existência rápida e vazia. Estive pensando em procurar amizades, pessoas para conversar, ensinar e aprender, para enfim viver e não apenas existir. Isso o incomoda. Incomoda-o, também, os ruídos das pessoas que pelas ruas, tanto de dia quanto de madrugada. Ele só deseja o vazio e minha companhia quase invisível. Talvez eu sempre tenha tido razão, mas não é hora de perceber isso… Vou guardar os meus anseios e tudo vai continuar igual, até definharmos definitivamente como meros passantes vencidos de uma vida inútil. E eu irei carregar comigo a culpa da comodidade, mas também não me resta mais nada agora…

Ela esteve abatida nos últimos tempos. Eu ter tempo para percebê-la abatida incomodou-me. A vida precisava passar mais depressa…

Ele incomodou-se muito nos últimos tempos. Eu lhe falei de um lugar onde nos sentiríamos no deserto. Sua gratidão me confortou. Partimos em silêncio…

agosto 24, 2007 0 comentário 66 Visualizações
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Inclassificavéis

NASCE O ENGENHO

por Alexandra Deitos agosto 23, 2007

Engenho

do Lat. ingeniu

s. m.,
faculdade de conceber e de inventar;
génio, aptidão natural;
talento;
por ext. habilidade, astúcia, destreza;
estratagema, ardil;
aparelho, máquina, maquinismo;

prov.,
nora (para tirar água);

Brasil,
moinho de cana, fábrica de açúcar.

de – preposição de posse.

Alexandra – meu nome.

Engenhos de Alexandra, um ensaio!

agosto 23, 2007 0 comentário 66 Visualizações
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Oi, sou Alexandra!

Você pode me conhecer como Xanda ou Alê. Dizem que somos a mesma pessoa, mas claramente somos duas, ou muitas mais. E aqui estou, ou estamos, e pretendo estar, cada vez mais inteira.

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