as vidas

por Alexandra Deitos

Estava eu lendo em algum lugar uns papos do Marcelino Freire…
Sou obrigada a fazer uso das palavras deles por concordar com cada palavra, cada vírgula.

“… o ser humano chegou num ponto irreversível de corrupção e falta de ética. Ninguém mais se importa com o outro!! A corrupção e a obtenção ilícita do privilégio está no dia a dia de quase todo cidadão. Está no cara estacionado em fila dupla, no cara que fura uma fila, no cara que não devolve o troco que recebe a mais, em toda possibilidadezinha de poder se dar melhor do que o próximo. E essa gente é a grande maioria da civilização. Os políticos são o principal signo disso tudo, só porque têm publicamente suas falcatruas expostas e trabalham com um volume maior de podridão, mas o cidadão no dia a dia não fica atrás. (…)
E a arte, o questionar e entreter… Não acho que vamos mudar algo, porque como eu disse acima, estou em um estado de ceticismo em relação à civilização. Mas acho que podemos questionar o cidadão. “Você acha que é legal mesmo ser o mais esperto? Onde você acha que essa sua atitude vai te levar? Você já percebeu que a humanidade é uma só, e que se você fode o próximo, você vai estar fodendo a si mesmo, seu otário?” Eu vejo a civilização como um grande ser humano doente, onde uma célula cancerosa vai infectando a outra, e o resultado é a morte daquele ser…”

E ele diz também:

“… o computador não torna a pessoa um imbecil. O imbecil vai fazer do computador um veículo de sua imbecilidade…”

Então eu, nós, podemos concluir que nada torna ninguém imbecil, e sim a imbecilidade só busca meios de ser propagada?
Claro!
O ser humano é condenado a todo instante com a liberdade. E ele se mata a todo instante com medo de viver, sem saber viver!

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1 comentário

Fabiana Bueno agosto 26, 2009 - 4:25 pm

Fantástico isso Xanda! É exatamente como eu penso…adorei!

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