…um paradoxo complexo, egocêntrico e niilista

por Alexandra Deitos
Você já ficou respirando incompletamente? É, assim meio que guardando ar dentro de você. Você inspira fundo, mas na hora de expirar fica pela metade. É como se quisesse fazer uma reserva de ar dentro de você para o acaso… Já? Aí você se dá conta que está fazendo isso muito inconscientemente, então resolve testar expirar todo o ar… Inspira e expira, e então… eis o alarme: tontura! Você sente uma tontura fenomenal, daquelas quase sentimentais. Tonturas de quando se perde algo, de quando se sente só, de quando se perde o sentido das coisas, de quando se tem o ego ferido. Você tenta não se sentir uma pessoa muito idiota por estar fazendo tal análise, mas não adianta você sente-se e ainda por cima continua analisando, sem embasamentos, sem cientismos e sem propósitos. Você, sentindo-se “a mosca da bosta do cavalo do bandido” resolve então dizer: a vida é um paradoxo complexo, egocêntrico e niilista! Sim, você estava analisando sua respiração e sem explicação plausível você conclui isso, sem pretensão alguma, sem reflexão nenhuma. Em um instante toma como verdadeiro menos de meia dúzia de palavras que surgiram em determinada ordem na sua cabeça e parte para a continuação da vida… essa que você nunca deixou de viver visto que respirar você nunca parou, apenas o fazia incompleto ou completo demais. E então a vida transforma-se nisso…

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3 comentários

Leco Vilela maio 29, 2010 - 1:04 pm

a vida sempre se transformará… em que depende…

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Flor Baez maio 29, 2010 - 12:08 pm

Comigo não Alexandra!!!
Sua respiração foi só um começo desta longa viagem dentro de si.

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Filipe Morósofo maio 29, 2010 - 6:14 am

Salve o Individualismo!

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