62
As luzes cintilam ali, brilhantes jóias raras na vitrine de lustres reais.
Do lado de cá, na minha doce ilusão, teu brilho é mais caro e mais puro.
Teus cabelos tocando minha face na noite de um baile real.
As luzes.
Na ausência, eu e você.
Tua beleza que me sufoca.
Cega.
Seca.
Seduz em despropósito.
Descontínuo.
Assim me entorpece.
Fico no que não me pede e em todos aqueles lustres que não são.
Anestesiada no êxtase de uma maciez teimosa.
Daquilo que insisto em fantasiar, daquilo que insiste em pouco ser.
As luzes.
Na ausência, eu e o sal.
Nebuloso fim de tarde.
Cega.
Seca.
Reduz em despropósito.
Descontínuo.
Vejo os lustres como feixes de um sonho sem metáforas.
3 comentários
Tá brincando??? Puts, que coincidência!! Conhece de onde? Ah, que pena! Que peça cê tá apresentando?
bjão
Virei fã. Cada texto melhor que o outro Xanda… bj
doi