Fim

por Alexandra Deitos
Parada.
Mais morta que uma barata morta.
Mais problemática que adolescente com espinha no nariz.
Doente.
Sentada há tanto tempo que perdeu a bunda, ficou reta e gorda dos lados.
Doente.
Cortando a cara bonita com folha de papel em branco documentado.
Cuspindo impropérios, rabugices.
Doente
Saem pelo nariz pedaços de um coração verde ranhoso.
Doentiamente parada.
Parada feito estaca de madeira apodrecendo e deixando o gado passar.
Doente.
Parada.
A mente parada ficando doente.

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1 comentário

Flor Baez julho 14, 2011 - 8:45 pm

Linda poesia, Alexandra!
Só a mente mesmo pode fazer nosso corpo adoecer!

Com amor,

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