Lágrimas secas, endurecidas pelo bater das asas que não sentimos.
Silêncios barulhentos, emoldurados pelas magoas que não digerimos.
O vento bate no rosto em sinfonia, em melodia de primavera.
A gente só deseja coisas simples, mas quem disse que o simples não é o mais difícil?
Numa noite bonita, embora sem estrelas, eu senti calor, calor humano de mundos de papel colorido com giz de cera e lápis aquarelado, mas amassados por monstros guardados.
Ficar oca, vazia em todos os sentidos e dimensões… eu quero!
Suplico que confisquem meus pensamentos, minha razão, meus sentimentos.
Magnitude oca, preenchida pela brisa suave de uma manhã sem data.
Transpor as flores e se isolar na caverna antes do final da estação ou sair da caverna e pintar paisagem no ritmo da musica preferida?
Confuso? Pois é, complicar o fácil é sempre a rua sem saída. A redundância, a rotina!
Alexandra Deitos
1 comentário
"()…preenchida pela brisa suave de uma manhã sem data".
Ahhhh! Nada como uma manhã gelada de verão, brisa fria, pra nos fazer esquecer das oficialidades criadas pela humanidade.